segunda-feira, 13 de maio de 2013

Os Mensageiros e Algumas Conclusões Sobre a Mente

Recentemente terminei de ler o livro "Os Mensageiros", de André Luiz, que dá continuidade à sua história após os acontecimentos narrados em Nosso Lar. A publicação fala de um grupo de pessoas que se dedica a enviar informações ao nosso plano. Espíritos que se preparam para trazer suas mensagens das mais diversas formas.

A narração se inicia com o interesse de André em participar de um desses grupos e mostra o seu relato de uma semana de trabalho ao lado de abnegadas almas que tentam ajudar seus semelhantes.

Confesso que depois de ler "Iniciação: Viagem Astral", do Lancelin, as informações disponíveis em "Os Mensageiros" não são tão interessantes assim. Os dois livros possuem uma interseção muito grande, mas o primeiro é bem mais rico em detalhes e em casos diferenciados. Seria melhor se eu os tivesse lido em ordem contrária.

Apesar disso, duas coisas me chamaram bastante atenção nesta obra. Primeiro: a quantidade de falhas nos compromissos que as próprias pessoas estabeleceram para elas mesmas. São inumeros os casos de insucesso. São pessoas que nascem com mediunidade, com algum tipo de vantagem para cumprir o que prometeram, ou em famílias com ambiente ideal para a sua missão e as falhas costumam ser catastróficas. Eles passam longe de conseguir o que se propuseram. Isso me faz pensar na diferença de percepções e sentimentos entre os planos. A forma como nos sentimos lá e a forma como nos sentimos aqui.

Pensando a respeito de Nosso Lar ou qualquer colônia dessas, imagino um ambiente controlado e nas condições normais de temperatura e pressão. Neste plano não. Na hora da pressão é que vemos se os conhecimentos e habilidades estão solidificados mesmo. Muita gente acha que está bem e que é capaz de assumir o compromisso, mas isso só acontece por não estarem expostos aos problemas. Na hora em que esses aparecem, sem proteções, sem filtros, sem barreiras, vêm acompanhados do fracasso.

Outra coisa que me chamou atenção nos dois livros foi a capacidade imaginativa e de distorção da realidade que a mente é capaz de manifestar. Analisando dois casos reais próximos a mim, de pessoas encarnadas, noto claramente que a mente humana é capaz de se internar em uma realidade alternativa, manipulando os acontecimentos da forma como bem entende e se convencendo daquilo com uma facilidade absurda. É justamente por isso que a verdade em um conflito possui sempre tem 3 versões. A versão de cada lado e a versão real.

Se um indivíduo é capaz de se convencer de algo que não existe ou que nunca aconteceu, mesmo nesta realidade praticamente sólida, onde a nossa mente demora para concretizar o que pensa, imaginem o que essa mesma mente é capaz de criar em uma realidade onde as manifestações são realizadas de forma muito mais rápida e de acordo com o pensamento? Quanto tempo um indivíduo pode ficar preso em suas próprias ilusões?

Conheço uma pessoa muito doente, que acha que é sã e nega seus próprios atos, que inclusive foram confessados em juízo por mais de uma vez. No início eu achava que era pura ma fé, mas estudando melhor, percebo que a pessoa chega a um ponto em que a mente é capaz de se enganar e mentir para sí mesma. O ser molda uma realidade e passa a acreditar nela de toda forma. Faz isso para esconder de sí mesmo os atos ruins que praticou e dai conclui tudo o que deseja para sustentar. Essa é a única forma que algumas pessoas encontram para se proteger do sofrimento de seus próprios atos.

Se essa mente é capaz de sustentar isso por anos e anos na realidade dos encarnados, o que será que vai acontecer quando sua mente for capaz de manifestar quase instântaneamente as suas ideias distorcidas? Por quantos anos essa pessoa vai sofrer após o fim da sua vida?

Isso sim é o inferno e é criado pela própria pessoa.

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